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A POBREZA DA FOME:



As causas da pobreza são de ordem estruturais e não individuais como pensam muita gente. Ninguém é pobre porque quer.
A exploração do trabalho pelo capital, o poder das elites que parasitam o trabalho alheio e saqueiam os recursos públicos (sanguessugas), e a alienação das pessoas, criada pelo sistema de exploração, que impem que elas tenham consciência de seus próprios problemas e necessidades.
 Quantos sanguessugas novos não elegemos neste 1º de outubro? Alguns já demonstram que tipo de políticos são, basta prestar atenção em suas campanhas populistas e paternalistas.
Meu velho pai “Zequinha”, filósofo de pé de balcão, comerciante experiente, já dizia, e eu bem escutei no final da década de 60, quando ainda era menino: “...esses políticos que vivem dando presentinhos e agrados para os eleitores, são os piores, pois procuram comprar a consciência do povo... e pode esperar que o tombo logo,logo virá...”
Simon Schwartzman,estudante da Fundação Getúlio Vargas desenvolveu um trabalho sobre o assunto no ano de 2004 e desabafa:”...Falar com os pobres não adiantava muito. Visitando um barraco de favela, comentei com o morador sobre as péssimas condições em que ele vivia, tentando estimular sua consciência de classe. A resposta foi de indignação. Ele era pobre, sim, mas tinha orgulho de seu barraco limpo e arrumado. Que direito tinha eu de dizer que ele vivia uma vida miserável?
A pobreza e a desigualdade são tão antigas quanto a humanidade, e sempre vieram acompanhadas de forte sentimentos morais.
 Para Malthus, a causa principal da pobreza era a grande velocidade com que as pessoas se multiplicavam, em contraste com a pouca velocidade em que crescia a produção de alimentos. O problema se resolveria facilmente se os pobres controlassem seus impulsos sexuais e deixassem de ter tantos filhos. Minorar sua miséria só agravaria o problema, porque, alimentados, eles se reproduziriam mais ainda. A melhor solução seria educá-los, para que aprendessem a se comportar; ou então deixá-los à própria sorte, para que a natureza se encarregasse de restabelecer o equilíbrio natural das coisas. Uma outra versão desta associação entre pobreza e indignidade era dada pelo protestantismo, que via na riqueza material um sinal do reconhecimento, por Deus, das virtudes das pessoas, e na pobreza uma marca clara de sua condenação.
A idéia de que as causas da pobreza e os caminhos para sua solução não dependem da vontade ou do caráter dos indivíduos, mas das relações entre as pessoas, sempre esteve presente nas formas mais radicais do cristianismo, e, na época moderna, nos escritos e movimentos políticos socialistas e comunistas. Para uns, a solução dependia ainda de uma regeneração moral, não mais dos pobres, mas dos ricos, cujo egoísmo deveria ser transformado em verdadeira caridade e sentimento de justiça.
Para os marxistas, esta crença no poder transformador das convicções e da força moral era o que caracterizava o "socialismo utópico", que deveria ceder lugar a um "socialismo científico", que entendesse a verdadeira natureza dos conflitos sociais, e os levasse à sua conclusão natural.
Ainda hoje, enquanto os intelectuais ainda buscam estudar as causas da pobreza, os salvadores da pátria agindo com medidas paliativas enganadoras, mantêm a base da pirâmide social com migalhas conhecidas como “bolsa escola”, que pelo menos dá para comprar pinga para aplacar a fome dos desgraçados.
  Nossos créditos ao Antônio Padilha de Carvalho é Geógrafo, Advogado,Professor, Mestre Profissional em Direito do Estado, Especialista em Educação, Escritor e Palestrante .

Alagoa Grande - Vale do Paó